SARDOAL Partido Socialista

Informação relativa à actividade do Partido Socialista no Sardoal e dos seus eleitos autárquicos. Autárquicas 2013- Sardoal a caminho da MUDANÇA

25 janeiro, 2011

Sessão de Câmara de 25 de Janeiro de 2011- Intervenção do Vereador Fernando Vasco

Senhor Presidente

Senhores Vereadores


Na última sessão de câmara tivemos oportunidade de elencar, no âmbito do trabalho desenvolvido de oposição no ultimo ano, um conjunto de situações, cuja resolução ou implementação, consideramos de interesse vital para a melhoria das condições de vida dos Sardoalenses e para a criação de condições de desenvolvimento sustentado que permitam que o nosso Concelho não se extinga e não se transforme a curto prazo em mais uma freguesia do concelho de Abrantes.

Questões como a defesa da segurança das populações, seja ela rodoviária, de protecção civil (implementação da sede da FEB os “ Canarinhos” na antiga Escola Primária de Andreus) ou de pessoas e bens, questões como o preço e a qualidade, ou falta dela, da água que consumimos, questões como a ausência de médicos de família e a inexistência de políticas de saúde de proximidade, questões como a ausência de um PDM revisto e de uma política que desenvolva e fomente o investimento e proporcione uma melhor qualidade de vida aos nossos idosos e jovens são, em nossa opinião, questões fulcrais de cuja resolução depende o futuro do Sardoal e dos Sardoalenses.

As receitas reais previstas no orçamento para 2011, independentemente do artifício orçamental aprovado, resultam quase exclusivamente das transferências do Orçamento do Estado e serão alocadas, numa perspectiva igualmente real, às despesas com as remunerações com o pessoal durante o corrente ano, ficando o remanescente para um conjunto mínimo de despesas de funcionamento e pagamento de juros e capital de empréstimos anteriormente celebrados.

Daqui ressalta que o investimento a ocorrer este ano, fruto de uma política despesista levada a cabo por V. Ex.ª Senhor Presidente e respectivas vereações, durante os últimos 17 anos, será zero e será zero porque não existem receitas capazes de sustentar despesas reais de investimento e também, diga-se, em abono da verdade, não se vislumbram quaisquer ideias de V. Exªs nesse sentido.

Sem investimento não há criação de riqueza, e sem criação de riqueza não há mais valias que proporcionem um aumento de receitas que possam ser aplicadas no desenvolvimento de políticas sociais.

A conjuntura actual, económica, financeira e social é, porventura, a mais difícil dos últimos 100 anos.

A contenção que todos sofremos, implica também que as autarquias, pela sua maior proximidade com as populações, prossigam políticas de coesão social ajudando os mais carenciados, os desempregados, os mais idosos, os doentes e os jovens a ultrapassar as necessidades mais básicas do ser humano.

Este desígnio social municipal, só pode ser prosseguido à custa de redução das despesas supérfluas existentes em todos os municípios e o nosso não foge à regra.

Contratos de prestações de serviços de duvidosa necessidade, viagens de turismo para jovens pagas pelo erário municipal ou viagens para uma percentagem diminuta de idosos, são alguns exemplos do que em época de crise esta Câmara não deverá promover.

Aconselha o bom senso, nesta época de grandes dificuldades para todos nós, basta olharmos para as folhas de vencimento, deste mês, dos funcionários do maior empregador do Concelho, para percebermos quão injusto e imoral é a promoção, este ano, de dispendiosas viagens de turismo ao estrangeiro, sem estar garantida, por entidades terceiras, o respectivo patrocínio, bem como o necessário enquadramento pedagógico da temática da viagem a efectuar.

Aconselha igualmente o bom senso, que tendo em conta a actual conjuntura e a situação financeira da Câmara, se promova, para os nossos idosos, em detrimento de viagens ao estrangeiro, viagens exclusivamente em Portugal Continental, de curta duração, de modo a que TODOS os idosos, independentemente das suas condições físicas e económicas, possam, querendo, participar.

Mais, se perguntassem aos nossos idosos se preferiam que cem, dentre eles, fossem efectuar uma visita ao estrangeiro ou, se com o dinheiro gasto nesta e noutras viagens fosse adquirido uma Unidade Móvel de Saúde para os servir nas suas aldeias ou, a Câmara gastasse esse mesmo dinheiro, em parte da comparticipação em medicamentos que os mesmos tem de pagar todos os meses na Farmácia, aliás como alguns municípios já estão a fazer, estamos certos e seguros que eles responderiam maioritariamente que prefeririam que o dinheiro fosse empregue na manutenção da sua SAÚDE e não em viagens ao estrangeiro.

Senhor Presidente,

Senhores Vereadores,

Está na hora de efectuarmos escolhas: ou V.Exªs gastam o pouco dinheiro que a Câmara tem em “ viagens, almoços e festas” ou poupam-no e investem-no na melhoria das condições de vida dos mais desfavorecidos, na criação de verdadeira riqueza, na melhoria do apoio às nossas associações culturais, sociais e desportivas, no apoio a projectos que desenvolvam o nosso concelho.

Por nós a opção é clara: preferimos poupar e caminhar no sentido do Investimento, da Coesão Social e da Segurança.

Estamos convictos de que só percorrendo este caminho poderemos melhorar as condições de vida dos Sardoalenses e impedir que o Sardoal se torne, a curto prazo, numa junta de freguesia de qualquer dos concelhos que nos estão próximos.

24012011

O Vereador,

Fernando Vasco