" ...A Câmara, antes de começar a vender terrenos, para pagar despesas de tesouraria ou de funcionamento, tem muita despesa injustificada, conhecida de todos os Sardoalenses, que pode e deve cortar..."

( Extracto da acta da reunião de Câmara de 9 de Novembro de 2010)

Dada a palavra ao Vereador Fernando Vasco para uma declaração o mesmo afirmou, em síntese, que :

1- Em várias reuniões de câmara tem solicitado a alteração da cubicagem do 1.º escalão do consumo de água, de 3m para 5 m cúbicos, minimizando deste modo o impacto que o aumento do preço da água tem nas famílias de menores recursos e nos mais idosos. Relembrou que o Senhor Vice-presidente, há vários meses, se tinha comprometido a apresentar uma proposta neste sentido e até à presente data, nada foi proposto;

2- Igualmente manifestou a sua preocupação e questionou o Senhor Presidente sobre a Segurança da Barragem da Lapa e as consequências das obras a realizar nessa barragem no abastecimento de água às populações no próximo Verão e Outono;

3- Lamenta profundamente a falta de empenhamento da Câmara, na resolução do problema que novamente, há mais de um mês, afecta os semáforos no cruzamento da Quinta das Gaias, e sugeriu uma maior pro-actividade do Senhor presidente junto do Governo civil de Santarém e da Tutela para a resolução deste problema;

4- A proposta de Orçamento para o próximo ano, face ao elevado nível de endividamento da Câmara, a uma prática consolidada de despesismo e à crise instalada, deverá reflectir um corte sério em despesas designadamente, nas chamadas viagens turísticas à Eurodisney, nos ajustes directos para prestação de serviços de pessoal , a titulo de exemplo os de “ Jardinagem” , possibilitando assim garantir as despesas com as remunerações com o pessoal durante todo o ano de 2011 e um mínimo de despesas de funcionamento;

5- Face à situação financeira da Câmara resultante da implementação de uma política despesista durante a última década e assente numa vivencia à custa de empréstimos atrás de empréstimos, os vereadores do Partido Socialista não estarão dispostos a votar favoravelmente qualquer proposta que o Senhor Presidente traga a reunião de Câmara, que vise criar receitas extraordinárias, para fazer face a despesas de tesouraria, através da venda de prédio rústicos ou urbanos.

Admitimos, obviamente, a alienação de património da Câmara se o valor dessa alienação estiver alocado directamente a um projecto de investimento que mereça a nossa aprovação.

Entendemos que a Câmara, antes de começar a vender terrenos, para pagar despesas de tesouraria ou funcionamento, tem muita despesa injustificada, conhecida de todos os sardoalenses, que pode e deve cortar.

Por fim o Vereador Fernando Vasco requereu ao Senhor Presidente que lhe seja enviado uma listagem discriminada de todos os Ajustes directos de valor compreendido entre 1000 e 5000 euros celebrados durante o ano de 2010.

Declaração de voto (Vendas de terrenos)

Os Vereadores Fernando Vasco e Pedro Duque votaram contra a alienação destes dois terrenos em virtude de considerarem que a Câmara, antes de começar a vender terrenos, para pagar despesas de tesouraria ou funcionamento, tem muita despesa injustificada, conhecida de todos os sardoalenses, que pode e deve cortar.

A responsabilidade pela situação financeira da Câmara é da exclusiva responsabilidade de quem implementou nos últimos dezasseis anos uma política despesista assente numa vivencia à custa de empréstimos atrás de empréstimos que só vêm hipotecar, como se prova, as gerações vindouras.

Como já anteriormente tivemos oportunidade de afirmar, admitimos, obviamente, a alienação de património da Câmara se o valor dessa alienação estiver alocado directamente a um projecto de investimento que mereça a nossa aprovação.