SARDOAL Partido Socialista

Informação relativa à actividade do Partido Socialista no Sardoal e dos seus eleitos autárquicos. Autárquicas 2013- Sardoal a caminho da MUDANÇA

06 julho, 2007

A Assembleia Municipal do Sardoal de 28 de Junho vista pela Imprensa

http://www.jornalregional.com/?p=&distrito=9&concelho=297&op=noticia&n=0687b24510dafb7d107ea86ecc595476


Assembleia Municipal de Sardoal
Saúde no concelho e futuro do Hospital de Abrantes preocupam deputados sardoalenses


Na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Sardoal, realizada no passado dia 28 de Junho, e que contou com a presença de cerca de duas dezenas de munícipes, sem que, desta vez, qualquer deles tenha solicitado o uso da palavra, foi a saúde no concelho – segundo ponto da ordem de trabalhos – o assunto que mereceu particular atenção por parte dos deputados municipais, com Anacleto Batista (PSD) a referir que a falta de médicos no Centro de Saúde de Sardoal é uma constante, sobretudo porque um dos elementos do corpo clínico se encontra de baixa há muito tempo, frisando ainda que também na Extensão de Santiago de Montalegre se têm registado alguns contratempos. Apesar da promessa dada pelo primeiroministro, aquando da inauguração do açude insuflável de Abrantes, o deputado socialdemocrata manifestou a sua preocupação relativamente ao esvaziamento de valências de que tem sido alvo o Hospital de Abrantes, criando dificuldades acrescidas à população que recorre aos serviços daquela unidade hospitalar, nomeadamente os habitantes dos concelhos envolventes (Sardoal, Abrantes, Constância, Mação, Vila de Rei e Ponte de Sor). O deputado Paulo Silva (do PS) usou da palavra para referir que em relação à saúde no concelho de Sardoal não seria tão pessimista como o deputado social-democrata, frisando que a situação mais preocupante reside ao nível do apoio médico domiciliário. Quanto às questões relacionadas com o Hospital de Abrantes, o deputado socialista referiu que é cada vez mais notória a necessidade de ser criada uma rede de transportes adequada, por forma a que os utentes possam usufruir da possibilidade de se deslocar, com maior facilidade e menor dispêndio financeiro, não só à unidade hospitalar abrantina, inclusivamente, aos hospitais de Torres Novas e Tomar. Para o socialista Fernando Vasco, o mais importante é que a população possa dispor das melhores condições no que concerne à prestação dos cuidados de saúde, em todas as valências, considerando que, em seu entender, “a melhor solução consistiria na implosão dos três hospitais existentes e na construção de um novo, dotado dos recursos humanos necessários, de equipamentos modernos e bons acessos, condições capazes de dar uma resposta adequada às solicitações da população residente na região”. No entanto, Fernando Vasco sublinhou que tal medida só seria possível caso houvesse coragem política para a concretizar, acrescentando que não “tem dúvida de que da sua implementação resultaria menor dispêndio financeiro e aumentaria a qualidade dos serviços de saúde”. O líder da bancada socialista deixou a promessa de que os deputados municipais do PS estão disponíveis para participar em qualquer iniciativa que tenha por finalidade a defesa dos interesses da população. Do leque de informações prestadas pelo líder do executivo no âmbito do primeiro ponto da ordem de trabalhos, há a destacar que: “o QREN continua no mesmo ponto e prosseguem as reuniões no quadro da Comunidade Urbana do Médio Tejo; quanto à Casa Grande, vai proceder-se ao levantamento e substituição da cobertura e os trabalhos vão iniciar-se dentro de pouco tempo; o portal autárquico está concluído e já esteve no ar mas por motivos que se prendem com outros concelhos teve de ser suspenso; as obras no cemitério da Cabeça das Mós vão começar em breve, mas quanto ao cemitério dos Andreus teremos de aguardar mais algum tempo porque houve um desabamento de terras; estamos a fazer trabalhos de recuperação de imóveis do município; quanto à Lapa, aguarda-se uma resposta do Ministério do Ambiente”. Fernando Vasco questionou que projectos intermunicipais ou municipais existem e quais os imóveis municipais que estão a ser recuperados, recorrendo, em seguida, aos dados constantes no Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses relativo a 2005 para fazer referência “ao facto de o Sardoal ter atingido, a nível nacional, o primeiro lugar do ranking relativo às despesas com pessoal”. O Presidente da Câmara esclareceu que “os projectos de âmbito intermunicipal e regional estão a ser tratados pela equipa liderada por Augusto Mateus”, acrescentando que “neste momento tudo o que existe são estudos”. Quanto aos imóveis em recuperação, o líder do executivo informou que se trata “do edifício onde funciona a Câmara e do edifício onde funcionou a GNR. Depois será a vez da Casa Grande”. Em relação às despesas com pessoal, o Presidente da Câmara disse que os socialistas “têm uma forma especial de ver as coisas. Por exemplo, o Sardoal não tem uma dívida alarmante como outros concelhos, mas vocês lá sabem qual é a vossa leitura”. Adérito Garcia (PS) referiu que “não deixa de ser estranho que num período que deveria ser de contenção orçamental, o município decida efectuar mais uma das chamadas viagens de estudo, enquanto continuam por pagar os subsídios a várias colectividades do concelho”, o que levou o líder do executivo a responder: “a viagem é um das opções políticas que defendo e que a Câmara Municipal deve patrocinar. É uma oportunidade que os jovens têm de visitar o Parlamento Europeu, um lugar muito importante, e este ano vão 59 alunos. Não se esqueça que sou professor e sei quanto vale uma viagem deste tipo. Pode ter a certeza que enquanto eu for Presidente da Câmara a viagem se realizará”. Porque a unanimidade imperou na votação, dez minutos foram tempo suficiente para aprovar os restantes pontos da ordem de trabalhos: Regulamento e Protocolo do Canil/Gatil Intermunicipal, Registo de Cidadãos Comunitários - Taxas, Proposta de adesão à Associação Centro Comercial Ar Livre de Abrantes e Projecto de Regulamento dos Cemitérios Municipais de Sardoal. No denominado período antes da ordem do dia, Anacleto Batista fez referência às previsíveis alterações do actual mapa judiciário, frisando que, a concretizarem-se as mudanças mencionadas no estudo que tem vindo a ser referenciado pela imprensa, se trata de “uma situação que deve preocupar todo o país, mas sobretudo esta zona”, nomeadamente em face do desaparecimento de Abrantes como sede de Tribunal de Círculo, pelo que deixava um apelo no sentido de que a Assembleia Municipal se mantenha atenta, por forma a tentar “evitar que as pessoas passem a ter de se deslocar ao Tribunal de Tomar em vez de continuarem a ir a Abrantes”. Por sua vez, Fernando Vasco aproveitou a oportunidade para fazer referência a dois acontecimentos que tiveram lugar na vila sardoalense. Primeiro, referiu-se à realização da 3ª sessão das Conferências do PS, que teve lugar no Centro Cultural Gil Vicente, realçando o empenho do maestro Miguel Borges e dos funcionários Sérgio e Ricardo, os quais deram todo o apoio logístico de molde a permitir que a iniciativa socialista decorresse com êxito; depois, teceu algumas considerações sobre a comemoração do centenário da visita do rei D. Carlos ao Sardoal, explicando porque é que tinha declinado o convite e manifestando a sua discordância em relação à participação do município em tal iniciativa, sobretudo porque a Câmara nada tinha feito para comemorar o aniversário do 25 de Abril de 1974. Júlio Lobato (PSD) interveio para afirmar que os deputados municipais devem “centrar a discussão em torno dos problemas actuais e não no passado. Devemos estar virados para o que vem a seguir e não para o que passou”, com o líder do executivo a esclarecer que “a iniciativa não foi da Câmara, mas o Município decidiu participar e não vejo qualquer problema nisso” acrescentando que “os tempos da Monarquia foram oitocentos anos brilhantes para o país” e que “era bom que a República aprendesse com a Monarquia”. José António Correia Pais
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